SÃO PAULO (Reuters) - A confiança da construção brasileira voltou a subir em março e alcançou o maior nível em quase dois anos, impulsionada pela melhora das expectativas e com efeitos favoráveis no emprego no setor.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta terça-feira que o Índice de Confiança da Construção (ICST) do Brasil atingiu 75,1 pontos neste mês após alta de 0,7 ponto sobre fevereiro, patamar mais elevado desde os 76,2 pontos em junho de 2015.
O avanço deveu-se exclusivamente ao Índice de Expectativas (IE-CST), que teve alta de 1,7 ponto, para 87,8 pontos, melhor resultado desde setembro de 2014.
A FGV destacou o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que teve alta de 2,2 pontos, para 90,1 pontos.
De acordo com a coordenadora de projetos da construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, a redução do pessimismo se reflete no indicador de emprego do setor, com queda na disposição de demitir nos meses seguintes.
"Embora isso ainda não tenha se traduzido em intenção de contratar, pode representar uma desaceleração do ritmo de queda no emprego", disse ela, alertando entretanto que para isso é necessário o aumento da demanda.
A melhora nas expectativas compensou o recuo de 0,2 ponto do Índice da Situação Atual (ISA-CST), para 62,8 pontos, sendo esse o segundo mês seguido com um resultado negativo.
A FGV informou ainda nesta terça-feira que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) desacelerou a alta a 0,36 por cento em março, ante 0,53 por cento no mês anterior, com destaque para o aumento menor nos preços de Materiais, Equipamentos e Serviços.
(Por Thaís Freitas)