(Reuters) - Depois de dois meses de sentimento um pouco melhor em relação ao mercado de trabalho, os norte-americanos ficaram mais pessimistas em julho, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Federal Reserve de Nova York.
A mudança reflete efeitos de novas restrições decretadas por governos estaduais e locais para combater o ressurgimento das infecções por coronavírus.
A criação de vagas de trabalho nos EUA desacelerou consideravelmente em julho, refletindo potencial desaceleração na recuperação econômica. Foram criados, em termos líquidos, 1,8 milhão de empregos fora do setor agrícola no mês passado, em comparação ao recorde de 4,8 milhões de vagas em junho, disse o Departamento do Trabalho na sexta-feira.
Na percepção dos consumidores, a chance média de perderem seus empregos no próximo ano subiu para 16% em julho, ante 15% em junho, acima da média de 2019 de 14,3%, segundo a pesquisa do Fed de Nova York.
A expectativa média de que a taxa de desemprego nos Estados Unidos suba em um ano voltou a crescer em julho, após cair por três meses consecutivos em relação à máxima da série de 50,9%, alcançada em março. Os consumidores colocaram essa chance em 39,3% em julho, ante 35,1% no mês anterior.
Pessoas com empregos provavelmente permanecerão em seus postos. A probabilidade média de que um trabalhador deixe o emprego voluntariamente permaneceu inalterada em 18,9%, abaixo da média de 21% do ano passado.
As expectativas de inflação aumentaram levemente em julho, com a mediana das estimativas para o próximo ano subindo para 2,9%, contra 2,7% em junho. A mediana dos prognósticos de inflação para os próximos três anos subiu para 2,7% em julho, de 2,5% no mês anterior. Os consumidores com menos de 40 anos relataram os maiores aumentos nas expectativas de inflação.
O levantamento das expectativas dos consumidores é uma pesquisa mensal com base em um painel rotativo com 1.300 famílias.
(Reportagem de Jonnelle Marte)