PEQUIM (Reuters) - O crescimento econômico da China pode desacelerar para 7,1 por cento em 2015 ante a estimativa de 7,4 por cento para este ano, devido aos resultados do setor imobiliário, disse o banco central em relatório visto pela Reuters neste domingo.
A demanda global mais forte poderia impulsionar as exportações, mas não o suficiente para compensar o impacto do enfraquecimento dos investimentos imobiliários, de acordo com o relatório publicado no site do banco central, www.pbc.gov.cn.
As exportações da China devem crescer 6,9 por cento em 2015, acelerando a partir da alta deste ano de 6,1 por cento, enquanto o crescimento das importações deve acelerar para 5,1 por cento em 2015, a partir de 1,9 por cento neste ano.
O relatório advertiu que a esperado alta dos juros no próximo ano pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode afetar economias de mercados emergentes.
O crescimento econômico da China desacelerou para 7,3 por cento no terceiro trimestre, e dados fracos da indústria e de investimento em novembro sugerem que a expansão no ano ficará abaixo da meta de Pequim de 7,5 por cento, marcando o crescimento mais fraco em 24 anos.
Os economistas que assessoram o governo têm recomendado que a China reduza sua meta de crescimento para cerca de 7 por cento em 2015.
A situação do emprego na China é provável que se mantenha bem no próximo ano devido a expansão mais rápida do setor de serviços, apesar do crescimento econômico mais lento, diz o relatório.
(Reportagem de Li Ran e Kevin Yao)