LONDRES (Reuters) - A atividade industrial da zona do euro expandiu a um ritmo recorde em maio, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que sugere que o crescimento teria sido ainda maior sem gargalos de oferta que levaram a um aumento sem precedentes nos custos de insumos.
O PMI final do IHS Markit subiu a 63,1 em maio de 62,9 em abril e preliminar de 62,8, alcançando o maior patamar desde que a pesquisa começou em junho de 1997.
O subíndice de produção caiu a 62,2 ante 63,2 em abril. Leitura acima de 50 indica crescimento.
"O crescimento da produção amplia os sinais de que a economia está se recuperando com força no segundo trimestre", disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit.
"No entanto, maio também registrou atrasos recordes de oferta, o que está contendo o crescimento da produção e deixando as empresas incapazes de atender à demanda de forma nunca vista antes pela pandemia."
Os problemas causados pela pandemia de coronavírus ainda exercem forte impacto sobre as cadeias de oferta.
O subíndice de preços de insumos disparou a 87,1 ante 82,2 em abril, leitura mais elevada já registrada. Embora as fábricas tenham repassado esses custos no ritmo mais rápido na história da pesquisa, parte do fardo foi absorvida por elas.
(Reportagem de Jonathan Cable)