Por Jonathan Cable
LONDRES (Reuters) - O crescimento empresarial na zona do euro permaneceu forte na semana passada, mas as elevadas pressões inflacionárias restringiram a demanda enquanto as questões de oferta seguraram a atividade, mostrou nesta terça-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
O PMI Composto final da IHS Markit caiu a 56,2 no mês passado de 59,0 em agosto, ainda bem acima da marca de 50 que separa crescimento de contração e pouco acima da preliminar de 56,1.
A demanda caiu para uma mínima de cinco meses uma vez que as empresas repassaram aos consumidores o aumento nos custos de insumos, que subiram a um ritmo recorde. O subíndice composto de preços de produção subiu a 59,1 de 58,3, próximo das máximas da pesquisa.
"A atual situação econômica na zona do euro é um misto de aumento das pressões de preços mas crescimento mais lento. Ambos estão ligados à escassez de oferta, especialmente na indústria, que registrou queda mais intensa no crescimento da produção do que serviços", disse Chris Williamson, eonomista-chefe da IHS Markit.
"Embora por enquanto a taxa geral de expansão permaneça relativamente sólida segundo padrões históricos, a economia entra no último trimestre do ano em uma trajetória de desaceleração do crescimento."
Na sexta-feira, o PMI de indústria da zona do euro mostrou que o crescimento permaneceu robusto em setembro mas que a atividade sofreu com gargalos na cadeia de oferta, e o setor de serviços do bloco também viu o ritmo de expansão perder força.
O PMI de serviços caiu a 56,4 de 59,0, nível mais baixo desde maio, enquanto o subíndice de novos negócios recuou a 55,3 de 57,9.