Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos criou o menor número de empregos em sete meses em abril, e muitos norte-americanos deixaram a força de trabalho, sinais de fraqueza que levantam dúvidas sobre se o Federal Reserve, banco central do país, vai elevar os juros antes do fim do ano.
A criação de vagas fora do setor agrícola somou 160 mil no mês passado, com o crescimento baixo das contratações no setor de construção e com a perda de postos no varejo, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.
Este foi o menor ganho desde setembro, e abaixo da média de criação de 200 mil vagas do primeiro trimestre.
Os empregadores criaram 19 mil postos de trabalho a menos em fevereiro e março do que anteriormente divulgado. Embora a taxa de desemprego tenha se mantido em 5 por cento, isso foi por causa da saída de pessoas da força de trabalho.
Economistas consultados pela Reuters projetavam criação de 202 mil postos de trabalho no mês passado e manutenção da taxa de desemprego em 5 por cento.
O crescimento menor da geração de empregos pode levantar preocupações de que a fraqueza na atividade econômica geral está se espalhando para o mercado de trabalho. O crescimento econômico desacelerou com força no primeiro trimestre deste ano.
A renda média por hora trabalhada foi o ponto positivo do relatório, subindo 0,08 dólar, ou 0,3 por cento, no mês passado. O aumento anual foi de 2,5 por cento, ante 2,3 por cento em março, ainda abaixo dos 3 por cento que os economistas dizem ser necessários para levar a inflação para a meta de 2 por cento do Fed.
O banco central norte-americano fez uma avaliação bastante otimista do mercado de trabalho no mês passado, dizendo que as condições haviam "melhorado ainda mais".
O Fed elevou a taxa de juros em dezembro pela primeira vez em quase uma década. Autoridades do Fed preveem mais dois aumentos este ano. 2016-05-06T131028Z_1_LYNXNPEC450RM_RTROPTP_1_CBUSINESS-US-USA-ECONOMY.JPG