Por Patricia Zengerle e David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - Líderes democratas no Congresso dos Estados Unidos e os principais assessores do presidente Donald Trump não conseguiram fazer progressos substanciais na quinta-feira em um novo projeto de lei de auxílio diante do coronavírus, numa reunião controversa que terminou sem um caminho claro para um acordo.
Ambos os lados expressaram vontade de continuar as negociações, mesmo após Trump manter sua ameaça de se retirar das conversas caso um acordo não seja alcançado em breve. Em vez disso, ele está considerando usar seus poderes executivos para fornecer alguma ajuda econômica limitada.
"Se concluirmos amanhã que não há uma posição de meio-termo nas principais questões, o presidente terá alternativas com os decretos", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, a repórteres.
"Ainda estamos muito distantes" em questões importantes, disse ele.
Os dois lados falharam por quase duas semanas em chegar a um acordo sobre uma nova rodada de estímulo financeiro com o objetivo de limitar o pesado custo humano e econômico de uma pandemia que matou cerca de 160 mil norte-americanos e deixou dezenas de milhões de desempregados.
A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, também disse que os dois lados estão muito distantes.
As diferenças giram em torno de uma nova ajuda aos governos estaduais e locais e da continuação dos benefícios adicionais de 600 dólares por semana a desempregados, que foram instituídos no início da crise.
O líder democrata do Senado, Chuck Schumer, disse que os negociadores da Casa Branca se recusaram a "encontrar um meio termo" durante mais de três horas de negociações.