SÃO PAULO (Reuters) - A dívida pública federal subiu 2,25% em fevereiro ante janeiro, para 6,595 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira.
No período, a dívida pública mobiliária federal interna somou 6,319 trilhões de reais, com alta de 2,32%, enquanto a dívida pública federal externa atingiu 276,1 bilhões de reais, com elevação de 0,84%.
Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de fevereiro, 23,14% correspondiam a títulos prefixados, 29,77% a títulos vinculados a índices de preços, 42,64% a papéis com taxas flutuantes e 4,44% a papéis cambiais.
Em fevereiro, o aumento de 2,25% deveu-se, conforme o Tesouro, “à emissão líquida, no valor de 90,21 bilhões de reais, e pela apropriação positiva de juros, no valor de 55,22 bilhões de reais”.
O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública -- uma espécie de "colchão" para o pagamento dos compromissos -- subiu 8,84% em termos nominais em fevereiro, para 885,1 bilhões de reais. Na comparação com fevereiro de 2023, porém, a reserva de liquidez recuou 11,10%.
Conforme o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Helano Borges Dias, a reserva de liquidez atual está em patamar confortável.
"O colchão de liquidez está bem acima do nível prudencial de três meses. A gente está com 885 bilhões de reais, e o nível prudencial está atualmente em 326 bilhões", afirmou Dias, durante entrevista coletiva em Brasília.
"Temos expectativa de que, ao longo do ano, possamos até elevar o colchão de liquidez, mas ele se encontra em um nível bastante confortável", reiterou.
(Por Fabrício de Castro)