Por Kevin Yao e Elias Glenn
PEQUIM (Reuters) - A economia da China permaneceu sólida em maio, mas a política monetária mais apertada, esfriamento do mercado imobiliário e desaceleração do investimento reforçaram a visão de que ela irá perder força gradualmente nos próximos meses.
Ainda assim a expectativa é de que Pequim alcance sua meta de crescimento anual de 6,5 por cento sem muitos obstáculos, uma boa notícia para o presidente Xi Jinping antes da renovação da liderança política neste ano.
O crescimento mais lento dos investimentos em ativo fixo em maio e a forte desaceleração do início de construções de moradias em dados divulgados nesta quarta-feira indicam o esfriamento que os economistas esperavam, embora o crescimento estável da produção industrial e das vendas no varejo, junto com uma retomada nas exportações, estejam aliviando o impacto até agora.
Mas o aumento nos estoques do setor industrial e a inflação ao produtor mais fraca pesarão sobre o crescimento à frente, disse Louis Kuijs, chefe de economia da Ásia no Oxford Economics.
A produção industrial repetiu a taxa do mês anterior e cresceu 6,5 por cento em maio sobre o ano anterior, contra expectativas de ligeira desaceleração, uma vez que os gastos do governo em infraestrutura continuam a alimentar a demanda por materiais de construção.
Mas o aumento dos estoques são um risco. Em abril, o crescimento dos estoques industriais acelerou para mais de 10 por cento.
O crescimento mais fraco do investimento em ativos fixo --8,6 por cento de janeiro a maio --foi liderado pelo enfraquecimento no setor imobiliário.
As vendas no varejo foram mais animadoras, tendo crescido 10,7 por cento em maio sobre o ano anterior, o mesmo que em abril e superando as expectativas de analistas.