PARIS (Reuters) - A economia da França contraiu menos do que o inicialmente calculado no primeiro trimestre, mas ainda assim caiu em recessão e o pior está por vir, mostraram dados oficiais nesta sexta-feira.
A segunda maior economia da zona do euro encolheu 5,3% nos três primeiros meses do ano sobre o trimestre anterior, informou a agência oficial de estataísticas INSEE, revisando a estimativa inicial de queda de 5,8%.
Foi o maior recuo trimestral da França desde 1968, quando o país sofreu agitação civil, protestos estudantis e greves gerais.
A economia já havia contraído 0,1% no quarto trimestre devido a uma série de greves contra a reforma da Previdência, o que significa que a França entrou em recessão técnica, definida como dois trimestres consecutivos de contração.
O governo colocou a França em um dos mais rigorosos lockdowns da Europa a partir de meados de março, fechando grande parte da economia até que as restrições começaram a ser levantadas em 11 de maio.
Embora a atividade econômica esteja gradualmente voltando, a INSEE estimou esta semana que a economia pode contrair 20% no segundo trimestre.
(Reportagem de Leigh Thomas)