Por Jan Strupczewski e Balazs Koranyi
BRUXELAS/BERLIM (Reuters) - Com a superação de anos de crise, a economia da zona do euro cresceu ao ritmo mais rápido em cinco anos no primeiro trimestre, impulsionada pela expansão improvável de países como França e Espanha.
Agora, a economia da região está maior do que no seu pico antes da crise financeira, embora tenha levado oito anos para se recuperar. O bloco também voltou à deflação em abril.
A zona do euro dobrou sua taxa de crescimento em relação ao trimestre anterior, superando até a mais otimista das expectativas com consumo das famílias forte e uma recuperação dos investimentos.
Mas a alta, um comemorado alívio menos de um ano depois de a Grécia quase ser expulsa do bloco, pode ser passageira --a Europa ainda é pressionada pelo alto endividamento, lucros bancários fracos, desemprego alto e vasto excesso de capacidade na economia.
Ainda assim, o crescimento nos 19 países que compartilham o euro saltou para 0,6 por cento na comparação trimestral, acima das expectativas de 0,4 por cento. A taxa de crescimento anual se manteve em 1,6 por cento.
Porém, nem todas as notícias foram positivas, com novos dados da inflação mostrando que o bloco voltou à deflação em abril, dando ao Banco Central Europeu (BCE) sua única e maior dor de cabeça conforme luta para impulsionar os preços.
Os preços ao consumidor caíram 0,2 por cento em comparação ao ano anterior, contra estabilidade em março, mesmo após o BCE lançar novos estímulos em dezembro e março esperando impulsionar os preços, que têm ficado abaixo da meta de 2 por cento há mais de três anos.
(Reportagem de Jan Strupczewski)