BRUXELAS (Reuters) - A zona do euro voltou a crescer no segundo trimestre de 2023, com uma expansão maior do que o esperado depois de evitar por pouco uma recessão técnica na virada do ano, mostraram dados preliminares nesta segunda-feira.
O Produto Interno Bruto na zona do euro cresceu 0,3% no segundo trimestre contra os três meses anteriores, acima das expectativas de 0,2% em uma pesquisa da Reuters com economistas.
Comparado ao ano anterior, o crescimento foi de 0,6%, contra expectativa de 0,5%.
Isso em comparação com crescimento zero no trimestre anterior para as 20 nações da zona do euro e um declínio trimestral de 0,1% no quarto trimestre de 2022.
Entre os maiores países do bloco, a França e a Espanha cresceram em ritmo sustentado devido ao fortalecimento das exportações e do turismo, enquanto a Alemanha, o maior país da zona do euro, não registrou crescimento e a Itália sofreu uma contração.
O aumento da inflação devido aos altos custos de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia e a alta dos preços dos alimentos, taxas de juros mais elevadas e diminuição da confiança afetaram a economia da moeda única.
Mas a economia também mostrou alguma resiliência, assim como durante a pandemia de Covid-19, quando o crescimento superou as expectativas à medida que as empresas se ajustavam mais rapidamente às novas circunstâncias do que haviam previsto as autoridades.
Mas mesmo que o bloco esteja se saindo melhor do que o esperado, o crescimento em 2023 provavelmente será fraco devido a uma grande queda na renda real e ao aumento das taxas de juros.
O Banco Central Europeu levantou a possibilidade de interromper os aumentos das taxas de juros em setembro, uma vez que as pressões inflacionárias mostram sinais de abrandamento e conforme aumentam as preocupações com a recessão.