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Economista-chefe do BCE diz que redução da inflação é bem-vinda, mas precisa se prolongar

Publicado 05.09.2023, 08:46
Atualizado 05.09.2023, 08:50
© Reuters. Economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane
05/04/2023. REUTERS/Yiannis Kourtoglou/File Photo

(Reuters) - O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, expressou otimismo cauteloso de que a inflação está desacelerando, de acordo com uma entrevista a um veículo irlandês, mas disse que são necessários muito mais dados para se sentir confortável em declarar vitória.

Após ter elevado os juros em cada uma das suas últimas nove reuniões, o BCE está agora debatendo se deve realizar uma nova alta em 14 de setembro, talvez pela última vez neste ciclo de aperto, para garantir que atinja a meta de inflação de 2%, ou se deve fazer uma pausa dada a rápida deterioração das perspectivas de crescimento na zona do euro.

Falando ao The Currency, da Irlanda, em entrevista publicada nesta terça-feira, Lane disse que dados da semana passada mostrando um alívio nas pressões de preços subjacentes foram notícias "muito bem-vindas", em linha com a previsão do banco de junho.

“Mas, como eu disse, um mês de dados é apenas uma informação: precisamos ver isso continuar”, disse ele.

"Os dados detalhados da inflação só serão divulgados em meados do mês. Portanto, teremos de ver", disse ele.

© Reuters. Economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane
05/04/2023. REUTERS/Yiannis Kourtoglou/File Photo

O banco enfrenta um dilema, uma vez que a sua taxa de depósito já atingiu o nível mais elevado em mais de duas décadas e o crescimento econômico estagnou nos últimos três trimestres, mas o aumento dos preços dos serviços tem sido persistente e os salários ainda estão subindo rapidamente, apontando para pressões persistentes sobre os preços.

Os mercados prevêem apenas 25% de chance de um aumento de juros em 14 de setembro, mas ainda esperam que uma alta de 25 pontos-base, para 4%, aconteça antes do fim do ano, com cortes a partir de meados de 2024.

Lane pediu paciência, citando a previsão de junho do banco de que grande parte do aumento da inflação em 2022 diminuirá em 2023, com mais progressos em 2024 e em 2025 em um "processo plurianual".

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