Por Gabriel Ponte
BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Economia pioraram suas estimativas para o déficit primário do governo central neste ano, de acordo com o relatório Prisma Fiscal divulgado nesta sexta-feira.
No documento de abril, a estimativa de déficit passou a 251,2 bilhões de reais, pela mediana das previsões, ante 248,4 bilhões de reais na sondagem de março.
O prognóstico mais recente está acima da meta fixada pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de 247,1 bilhões de reais, cujo cumprimento já é colocado em dúvida em razão de pressões por maiores gastos em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19 no país.
Por outro lado, a projeção dos economistas para o déficit primário de 2022 melhorou, passando a 163,7 bilhões de reais, ante 167,9 bilhões de reais em março, abaixo da meta fixada pelo governo na LDO.
Na quinta-feira, a equipe econômica definiu meta de déficit primário de 170,4 bilhões de reais para o governo central no ano que vem, de acordo com o projeto de LDO enviado ao Congresso.
De volta às projeções para 2021, as estimativas dos economistas para a despesa total do governo central pioraram, indo a 1,599 trilhão de reais, ante 1,587 trilhão de reais em março. Já as perspectivas para a receita líquida melhoraram ligeiramente, para 1,342 trilhão de reais, ante 1,341 trilhão de reais no mês passado.
A expectativa dos profissionais consultados é de que a dívida bruta do país feche este ano em 89,58% do PIB, ante 89,4% em março. Já para o próximo ano, apesar de terem melhorado a projeção ligeiramente, os economistas enxergam novo aumento do endividamento, a 91% do PIB. Em março, essa projeção estava em 91,1% do PIB.