Taxas curtas têm quedas leves e longas sobem com IBC-Br abaixo do esperado e persistência do temor fiscal
(Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda reduziram suas projeções para o déficit primário do governo central este ano e no próximo e também ajustaram para baixo as estimativas para a dívida bruta como proporção do PIB, mostrou o relatório Prisma divulgado nesta quarta-feira.
A mediana das expectativas para o déficit primário em 2025 recuou a R$67,568 bilhões em outubro, de R$69,990 bilhões no mês anterior. O ajuste refletiu uma previsão maior de receitas líquidas -- R$2,327 trilhões, de R$2,325 trilhões -- e também de despesas totais -- R$2,399 trilhões, de R$2,396 trilhões.
Para 2026, a projeção para o déficit primário foi a R$80,489 bilhões, de R$81,826 bilhões em setembro, com a estimativa para a receita líquida no período aumentando para R$2,509 trilhões, de R$2,499 trilhões, enquanto as despesas ficaram estáveis em R$2,589 trilhões.
O governo tem como meta alcançar déficit zero em 2025 e um superávit de 0,25% do PIB no próximo ano, mas há despesas que não são consideradas para efeitos da meta, que conta ainda com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual.
O Prisma mostrou ainda uma redução da projeção para a dívida bruta como proporção do PIB este ano a 79,60%, de 79,74% estimada em setembro. Para 2026, a estimativa caiu para 83,69%, de 83,80%.
(Por Isabel Versiani)