Washington, 12 set (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se reuniu nesta quinta-feira com representantes econômicos do governo dos Estados Unidos, como o secretário de Comércio, Wilbur Ross; o principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow; e o representante de Comércio do país, Robert Lighthizer.
Araújo também aproveitou a visita para se encontrar com investidores americanos na Câmara de Comércio dos EUA. O chanceler completará a agenda de reuniões na sexta-feira, com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
A porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus, explicou em entrevista coletiva que o encontro entre Araújo e Pompeo servirá para "expandir e fortalecer" a relação entre ambos os países.
"Na reunião será abordada uma ampla categoria de assuntos: apoiar as democracias, buscar a prosperidade econômica e promover a paz e a ordem", disse Ortagus na sede do Departamento de Estado.
Após esse encontro, ambos concederão uma entrevista coletiva conjunta para atender os veículos de imprensa. Mais tarde, Ernesto Araújo deve se reunir com o presidente do Banco Mundial, David Malpass, na sede da instituição, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
Na quarta-feira, Araújo afirmou que as vitórias eleitorais de Donald Trump e Bolsonaro, além da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), são elementos comuns de uma insurgência contra as "tolices" globais, como a "ditadura da mudança climática".
Trump, Bolsonaro e o Brexit são parte de um processo global. Parte de uma mesma insurgência contra as tolices", disse Araújo durante participação em um evento organizado pelo Heritage Foundation, um dos principais think tanks conservadores dos EUA.
Entre essas "tolices" contra as quais Trump e Bolsonaro estariam se rebelando, o chanceler brasileiro citou o "globalismo, a possibilidade de um mundo sem fronteiras e a ditadura da mudança climática".
"Há mudança climática? Sim, sempre houve. Se deve à ação humana? Não está claro. É catastrófico? Não me parece", afirmou o ministro.