(Reuters) - As encomendas de bens manufaturados de longa duração nos EUA aumentaram em novembro, impulsionadas pelas reservas de aviões, mas os gastos das empresas em equipamentos pareciam fracos, em um contexto de custos de financiamento mais elevados.
O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que os pedidos de bens duráveis -- itens que vão de torradeiras a aeronaves destinadas a durar três anos ou mais -- aumentaram 5,4% no mês passado. Os dados de outubro foram revisados para mostrar que os pedidos caíram 5,1%, em vez dos 5,4% divulgados anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que as encomendas de bens duráveis subiriam 2,2% em novembro. Os pedidos aumentaram 4,5% em novembro ante o mesmo mês do ano passado.
Apesar do resultado, a indústria de tranformação, que representa 10,3% da economia, continua a ser prejudicada por taxas de juros mais elevadas. Mesmo com a flexibilização das condições financeiras e da perspectiva de cortes nas taxas no próximo ano, a atividade deverá permanecer morna, em meio aos sinais de que as empresas estão reduzindo estoques em antecipação a uma procura mais fraca.
As encomendas de equipamentos de transporte subiram 15,3% no mês passado, após uma queda de 13,4% em outubro. Os pedidos de veículos motorizados e peças avançaram 2,8% com o fim das greves do sindicato de trabalhadores United Auto Workers.
Já os pedidos de aeronaves civis aumentaram 80,1%. A Boeing (NYSE:BA) informou em seu site que recebeu 114 pedidos de aeronaves civis, 90 deles da série 777X, mais cara.
Houve ainda aumentos nas encomendas de equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes, metais primários, máquinas, bem como de computadores e produtos eletrônicos.
BENS DE CAPITAL
As encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves -- um indicador observado de perto para os planos de gastos das empresas -- subiram 0,8% em novembro, após queda revisada de 0,6% em outubro. Anteriormente, foi reportado que as encomendas de bens de capital haviam diminuído 0,3% em outubro.
(Reportagem de Lucia Mutikani)