PARIS (Reuters) - O órgão regulador do setor de aviação na Europa anunciou nesta terça-feira que concedeu aprovação de segurança para o jato A350, da Airbus, completando os passos obrigatórios necessários para que o avião comece a voar com passageiros.
A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA, na sigla em inglês) afirmou que a Airbus demonstrou a confiabilidade no ar de seu primeiro jato feito com fibras de carbono durante mais de um ano de testes de voo. A agência considerou o novo avião uma "aeronave madura".
A versão do jato certificada pela EASA, o A350-900, é projetado para transportar 314 passageiros e deve ser colocado em serviço pela Qatar Airways antes do final deste ano. O modelo será competidor direto do 787 Dreamliner, da norte-americana Boeing.
Um modelo maior do avião, o A350-1000, que foca o mercado de minijumbos ocupado pela Boeing com o 777, deve entrar em serviço em 2017, depois de um processo de certificação separado.
Questionado sobre quanto tempo levará a entrega do primeiro avião para a Qatar Airways, o chefe do programa do A350, Didier Evrard, afirmou que o primeiro jato do modelo está pronto para testes antes de entregas, mas evitou dar um cronograma específico sobre quando a aeronave será despachada ao cliente.
"Estamos numa fase muito cooperativa com nosso cliente e vamos atender isso em conjunto", disse Evrard.
"Será antes do final do ano, com certeza", afirmou o executivo, referindo-se à meta da Airbus para a primeira entrega.
Tanto a Airbus quanto a Boeing afirmam que a nova geração de aviões vai reduzir custos de combustível em pelo menos 20 por cento ante aeronaves metálicas tradicionais.
O A350 é resultado de oito anos de trabalho de design e desenvolvimento, ao custo estimado de 15 bilhões de dólares.
A Airbus já tem vendas de 750 unidades do modelo, que tem preço de tabela de entre 295 milhões a 340 milhões de dólares cada, desde o lançamento em 2006. O Dreamliner, que está no mercado há mais tempo, tem 1.048 encomendas, tendo sido lançado em 2004 e entrado em serviço em 2011.
(Por Tim Hepher)