Por Howard Schneider e Lindsay Dunsmuir
WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve ampliou nesta quinta-feira um importante programa para apoiar a chamada economia "Main Street" durante a pandemia de coronavírus, concordando em emprestar para empresas ainda maiores, assumindo mais riscos na participação de bancos e sugerindo alguma forma de ajuda dedicada a organizações sem fins lucrativos.
O termo "Main Street" é comumente utilizado para descrever a economia como um todo e empresas menores.
O banco central disse que expandirá sua "Ferramenta de Empréstimo 'Main Street'" em três programas separados para apoiar empresas com até 15 mil funcionários e 5 bilhões de dólares em receita, ante programa inicial limitado a firmas com 10 mil trabalhadores e 2 bilhões de dólares em receita quando foi primeiramente anunciado, em 9 de abril.
Cerca de 2.200 empresas, indivíduos e organizações sem fins lucrativos enviaram ao banco central sugestões sobre como adaptar os esforços sem precedentes do Fed para atender às necessidades da "economia real".
O resultado é um programa que agora estará aberto a mais empresas e permitirá mais riscos. O programa inicial exigia que os bancos detivessem 5% de qualquer empréstimo que eles fizessem, com o restante vindo do Fed. Para empresas com mais alavancagem e, portanto, mais riscos, o Fed permitirá que elas participem se os bancos concordarem em assumir 15%.
Além disso, o Fed disse que as empresas agora precisam oferecer garantias de que podem pagar suas contas por pelo menos 90 dias, sem entrar em falência nesse período -- uma medida de proteção sobre a qual os empréstimos terão um impacto.
As empresas também precisam prometer que farão "esforços comercialmente razoáveis" para manter os funcionários -- uma mudança em relação aos "esforços razoáveis" exigidos anteriormente.
O Fed disse que o objetivo era incentivar a participação, não estabelecer muitas restrições e não estabelecer termos que possam enfraquecer as empresas que já estão com dificuldades.
O tamanho do programa permanecerá o mesmo por enquanto, com 600 bilhões de dólares em empréstimos disponíveis.
(Reportagem de Howard Schneider)