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Fed eleva juros dos EUA e sinaliza fim de política monetária "expansionista"

Publicado 26.09.2018, 19:42
© Reuters. Prédio do Federal Reserve, banco central norte-americano, em Washington, Estados Unidos

Por Howard Schneider e Jason Lange

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, elevou a taxa de juros nesta quarta-feira, como esperado, e manteve a perspectiva de política monetária para os próximos anos praticamente inalterada em meio ao crescimento econômico e a um mercado de trabalho forte no país.

Em comunicado que marcou o fim da era de política monetária "expansionista", as autoridades do Fed elevaram o juro básico em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 2 a 2,25 por cento.

O Fed ainda prevê outro aumento de juros em dezembro, mais três no ano que vem e uma elevação em 2020.

Isso colocaria o juro do Fed em 3,4 por cento, cerca de 0,5 ponto percentual acima da taxa de juros "neutra" estimada, na qual os juros não estimulam nem restringem a economia.

A projeção é de que essa postura de política monetária de maior rigidez permaneça até 2021.

"Aquilo que as pessoas estavam esperando, que eles foram em frente e fizeram, foi remover a palavra "expansionista" em relação à política monetária", disse Michael Arone, estrategista chefe de investimentos na State Street Global Advisors.

"Parece indicar potencialmente que eles acreditam que a política monetária está se tornando menos expansionista e se encaminhando mais em direção à taxa neutra."

O chairman do Fed, Jerome Powell, disse que a remoção da palavra, que tem sido comum nas orientações do banco central para o mercado e famílias durante boa parte da última década, não sinaliza mudança na perspectiva sobre a política.

"Em vez disso, é um sinal de que a política está prosseguindo em linha com nossas expectativas", disse Powell, que assumiu como chefe do Fed no início do ano, em uma entrevista coletiva depois da divulgação do comunicado.

A curva de rendimentos dos Treasuries se achatou e os índices acionários dos EUA reduziram os ganhos, com ações financeiras e bancos liderando a queda. O dólar dos EUA enfraqueceu brevemente contra uma cesta de moedas.

O Fed vê a economia norte-americana crescendo a um ritmo mais rápido do que o esperado de 3,1 por cento este ano e continuando a expandir moderadamente por pelo menos mais três anos, em meio ao desemprego baixo e inflação estável perto da meta de 2 por cento do banco central dos EUA.

"O mercado de trabalho continuou a se fortalecer ... a atividade econômica vem subindo a um ritmo forte", disse o Fed em comunicado que removeu sua antiga referência ao fato de que a política monetária permanecia "expansionista".

O Fed não inseriu nenhuma linguagem substituta para a frase, que foi algo básico em sua orientação para os mercados e a população norte-americana durante grande parte da última década. A redação se tornou menos e menos precisa desde que o banco central começou a aumentar juros no fim de 2015 de um nível próximo de zero, e sua remoção significa que o Fed agora considera juros próximos do nível neutro.

NOVAS PROJEÇÕES

Powell não comentou se os membros votantes do Fed discutiram as críticas do presidente Donald Trump sobre o banco central. Em agosto, expressou seu descontentamento com a alta do juro e disse que o Fed deve fazer mais para estimular a economia.

Powell disse que o banco central permaneceria independente.

"Não consideramos fatores políticos ou coisas desse tipo", disse ele.

O aumento desta quarta-feira foi o terceiro em 2018 e o sétimo nos últimos oito trimestres. Antes do comunicado desta quarta-feira, os operadores colocavam a chance de um aumento dos juros em 95 por cento, de acordo com o CME Group.

As últimas projeções do Fed mostram a economia em um ritmo firme ao longo de 2019, com o crescimento do produto interno bruto visto a 2,5 por cento no próximo ano, antes de desacelerar para 2,0 por cento em 2020 e 1,8 por cento em 2021, à medida que diminuem os impactos dos cortes de impostos e gastos do governo.

A inflação deve girar em torno de 2 por cento ao longo dos próximos três anos, enquanto a taxa de desemprego deve cair a 3,5 por cento no próximo ano e permanecer neste nível ao longo de 2020 antes de subir levemente em 2021.

Atualmente, a taxa de desemprego é de 3,9 por cento.

Com os riscos descritos como mais ou menos equilibrados, o comunicado deixou o Fed em curso estável para o ano que vem.

© Reuters. Prédio do Federal Reserve, banco central norte-americano, em Washington, Estados Unidos

Os riscos para o atual ciclo de crescimento econômico, como a ameaça de uma rodada global de aumento de tarifas, foram largamente deixados de lado.

Não houve dissidência sobre o comunicado do Fed.

(Reportagem de Howard Schneider e Jason Lange)

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