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Fed diz em relatório ver "fragilidades persistentes" para famílias e empresas

Publicado 12.06.2020, 12:39
Atualizado 12.06.2020, 15:35
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Lindsay Dunsmuir e Jonnelle Marte e Ann Saphir

(Reuters) - O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) projeta que as finanças das famílias norte-americanas e os balanços das empresas vão sofrer "fragilidades persistentes" como resultado do choque da atividade econômica em decorrência da pandemia do coronavírus, informou o banco central em relatório ao Congresso nesta sexta-feira.

Em seu Relatório de Política Monetária semestral para parlamentares dos EUA, o Fed também delineou uma série de riscos que, na avaliação do BC dos EUA, vão perseguir qualquer recuperação na produção após colapso causado pelas paralisações generalizadas impostas a fim de conter a disseminação do Covid-19.

"As tensões para famílias e para balanços de empresas devido a choques econômicos e financeiros desde março provavelmente criarão fragilidades persistentes", afirmou o relatório.

O banco central listou uma série de outras preocupações, como perspectiva altamente incerta de contenção do surto, com risco substancial de ressurgimento de infecções; potencial onda de falências de empresas --em particular firmas pequenas-- decorrente do colapso da demanda dos consumidores; incerteza sobre perspectivas de recuperação da demanda por parte dos trabalhadores e possíveis pressões negativas sobre salários; grandes pressões nas finanças dos governos estaduais e locais; e uma reconfiguração potencialmente cara das cadeias de suprimentos globais, fraturadas pela interrupção das atividades comerciais.

Além disso, a recessão causada pelo Covid-19 --iniciada oficialmente em fevereiro, conforme informado nesta semana-- pesou ainda mais no crucial setor de serviços, o qual responde por cerca de dois terços da produção econômica dos EUA, e isso pode dificultar a recuperação.

"Diferentemente das recessões passadas, a atividade de serviços caiu mais acentuadamente do que a manufatura --com restrições no movimento reduzindo severamente gastos com viagens, turismo, restaurantes e recreação--, e os requisitos e atitudes de distanciamento social podem pesar ainda mais na recuperação desses setores", disse o relatório.

O Fed disse que o impacto da pandemia no mercado de trabalho foi "repentino, severo e generalizado", mas apontou que as perdas de emprego afetaram desproporcionalmente trabalhadores de baixos salários, que podem estar menos preparados para um longo período sem remuneração.

O banco central também observou que governos estaduais e locais estão sob "estresse significativo" depois de enfrentarem queda acentuada nas receitas. Governos estaduais e locais continuaram a fechar empregos em maio, mesmo com a economia geral criando postos de emprego, em dado que forneceu sinalização inicial de que o pior da perda de empregos relacionada ao coronavírus pode ter passado.

A divulgação do relatório do Fed --que precede dois dias de depoimentos ao Congresso pelo chair do BC dos EUA, Jerome Powell, na terça e quarta-feira da semana que vem-- ocorreu dois dias após o Fed encerrar sua última reunião de política monetária.

Na reunião, o banco central sinalizou que a economia dos EUA enfrenta uma recuperação árdua e incerta ante a recessão desencadeada pela pandemia de coronavírus.

© Reuters. (Blank Headline Received)

"É um longo caminho. Vai levar algum tempo", disse o chair do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva via webcast após a reunião.

Em suas projeções econômicas divulgadas na quarta-feira, as primeiras desde dezembro, os formuladores de política monetária do banco central previram encolhimento da economia a uma taxa anualizada de 6,5% em 2020 e taxa de desemprego de 9,3% ao fim do ano --abaixo do nível de 13,3% de maio, porém mais de duas vezes e meia superior à taxa de fevereiro (3,5%), quando uma expansão econômica recorde foi interrompida abruptamente em razão da pandemia.

Essa avaliação sombria da perspectiva ofuscou grande parte do otimismo em relação a uma rápida recuperação econômica --que havia sido desencadeado pelo surpreendente crescimento do emprego em maio-- e foi fortemente responsável pela dramática liquidação de quinta-feira em Wall Street, quando as ações norte-americanas sofreram a maior queda desde março.

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