O Federal Reserve (Fed) norte-americano decidiu hoje (27) manter inalteradas as taxas de juros de referência, entre os 0,25% e os 0,50%.
Em comunicado, após reunião de dois dias do comitê de política monetária, o Fed argumenta a decisão com o fato de o crescimento econômico se ter mantido "moderado" nos Estados Unidos e considerando que a inflação vai continuar baixa "no curto prazo".
A Fed espera que "a inflação se mantenha baixa no curto prazo, em parte devido às maiores descidas dos preços da energia", antecipando que este indicador permaneça ainda distante do objetivo de médio prazo, de 2%.
Na reunião anterior, em dezembro, o banco central norte-americano tinha qualificado o crescimento econômico do país como "sólido", pelo que a alteração de linguagem supõe um reconhecimento do abrandamento econômico.
Relativamente à evolução das taxas de juros, que subiram em dezembro, pela primeira vez desde 2006, o Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) da Fed reiterou que espera que "as condições econômicas evoluam de maneira a que sejam exigidos apenas incrementos graduais".
A instituição liderada por Janet Yellen evitou dar referências concretas à recente volatilidade registada dos mercados norte-americanos e chineses, adiantando simplesmente que "está vigiando de perto os acontecimentos econômicos e financeiros globais".
A votação sobre o comunicado divulgado hoje foi unânime, com 10 votos a favor e nenhum contra.