👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Gasto das famílias com transporte supera despesas com alimentação pela 1ª vez, diz IBGE

Publicado 04.10.2019, 13:49
Gasto das famílias com transporte supera despesas com alimentação pela 1ª vez, diz IBGE

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os gastos com transportes passaram a ter mais peso nas despesas das famílias brasileiras do que alimentação, embora o maior custo ainda seja com habitação, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira.

"(Para as) despesas com alimentação você consegue buscar alternativas, fazer a substituição por outros. No caso dos transportes é mais difícil", disse o gerente da pesquisa, André Martins.

O IBGE realiza a sondagem desde a década de 1970. O instituto não apontou diretamente os motivos para o aumento do peso dos transportes no orçamento das famílias, mas entre as hipóteses estão reajustes nos preços dos ônibus e dos combustíveis, despesas mais elevadas com automóveis de passeio e até a maior urbanização da população brasileira ao longo dos últimos anos.

Uma nota técnica será divulgada no dia 11 deste mês para explicar as novas ponderações no cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência para o regime de metas de inflação no Brasil.

Os novos pesos para o IPCA --ponderados pela POF com base nos anos de 2017 e 2018-- ainda não valerão para a próxima divulgação do índice, marcada para 9 de outubro. A nova estrutura mudará o cálculo da inflação a partir do ano que vem, com o primeiro resultado (referente a janeiro) devendo ser divulgado em fevereiro de 2020.

De acordo com a nova POF, a despesa média com alimentação comprometia 17,5% do orçamento das famílias, ante 19,8% na pesquisa anterior (2008/2009).

As despesas com transporte respondiam, em média, por 18,1% dos gastos das família (19,6% uma década atrás).

Já o grupo habitação ganhou peso pela POF 2017/2018 e abarcava 36,6% das despesas das famílias brasileiras, ante 35,9% na pesquisa de 2008/2009.

O levantamento do IBGE revelou ainda que as famílias com rendimento de até dois salários mínimos (1.908,00 reais) destinavam uma parte maior de seu orçamento para despesas com alimentação e habitação do que aquelas com rendimentos superiores a 25 salários mínimos (23.850,00 reais).

Os dois grupos juntos representavam 61,2% das despesas das famílias com menores rendimentos, sendo 22,0% destinados à alimentação e 39,2% para habitação.

Por outro lado, entre as famílias com os rendimentos mais altos, os dois grupos juntos respondiam por 30,2% dos custos, sendo 7,6% com alimentação e 22,6% com habitação.

"Para as famílias que formam a classe de maiores rendimentos, as despesas com alimentação (R$ 2.061,34) eram mais que o triplo do valor médio do total das famílias do país (R$ 658,23) e mais de seis vezes o valor da classe com rendimentos mais baixos (R$ 328,74)", disse o IBGE em texto em seu site.

A pesquisa revelou também que alimentação, habitação e transporte comprometiam, em conjunto, 72,2% dos gastos das famílias brasileiras em relação ao total das despesas de consumo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.