WASHINGTON (Reuters) - Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em janeiro, mas as pressões de preços continuaram a se elevar, com a inflação anual saltando a máximas de quatro décadas.
O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, saltaram 2,1% no mês passado, após queda de 0,8% em dezembro.
Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 1,5% dos gastos.
Os gastos dos consumidores estão sendo sustentados por fortes poupanças e crescimento salarial, em meio ao aperto do mercado de trabalho. Isso está compensando a redução no dinheiro público para as famílias.
A inflação alta, que está corroendo os ganhos salariais, pode afetar o crescimento econômico. A alta dos preços, que está bem acima da meta de 2% do Federal Reserve, pode continuar depois que a Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira.
O índice PCE subiu 0,6% em janeiro, depois de avanço de 0,5% em dezembro.
Nos 12 meses até janeiro, o PCE saltou 6,1%, alta mais intensa desde 1982 e após avanço de 5,8% em dezembro na mesma base de comparação.
Excluindo os componentes voláteis de energia e alimentos, o PCE subiu 0,5%, repetindo a taxa de dezembro.
O chamado núcleo do PCE saltou 5,2% em janeiro na comparação anual, maior alta desde 1983, ante 4,9% nos 12 meses até dezembro.
(Reportagem de Lucia Mutikani)