SÃO PAULO (Reuters) - Os gastos dos consumidores norte-americanos ficaram inalterados em março pelo segundo mês consecutivo e a taxa de inflação mensal caiu pela primeira vez em um ano, confirmando a demanda doméstica fraca no primeiro trimestre.
Mas, quando ajustado pela inflação, os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica norte-americana, aumentaram 0,3 por cento, encerrando dois meses seguidos de declínio, disse o Departamento do Comércio nesta segunda-feira.
Economistas consultados pela Reuters tinham previsto alta de 0,2 por cento para os gastos dos consumidores. Os dados foram incluídos no relatório do primeiro trimestre do Produto Interno Bruto da última sexta-feira, que mostrou que os gastos dos consumidores haviam crescido a uma taxa anual de 0,3 por cento - o ritmo mais fraco desde o quarto trimesre de 2009.
O índice de inflação (PCE) caiu 0,2 por cento em março, o primeiro declínio desde fevereiro de 2016 e o maior recuo desde janeiro de 2015. Em 12 meses até março, o índice PCE avançou 1,8 por cento, depois de crescer 2,1 por cento em fevereiro.
Excluindo alimentos e energia, o chamado núcleo do PCE, cedeu 0,1 por cento, o primeiro e o maior recuo desde setembro de 2001, depois de ter avançado 0,2 por cento em fevereiro. Em 12 meses até março, o núcleo do índice PCE subiu 1,6 por cento, depois de avançar 1,8 por cento em fevereiro.
O núcleo do PCE é a principal medida de inflação do Federal Reserve, banco central norte-americano. A instituição persegue uma meta de 2 por cento de inflação.