LONDRES (Reuters) - O governo britânico e os sindicatos de professores concordaram nesta sexta-feira em iniciar negociações "intensivas" para acabar com as greves de centenas de milhares de professores na Inglaterra que alegam estar sobrecarregados e mal pagos.
Os professores podem estar agora mais próximos de encerrar uma onda de greves que deixou salas de aula vazias por vários dias este ano e aumentou a pressão sobre o primeiro-ministro Rishi Sunak para ajudar a resolver a disputa.
O Reino Unido está passando por sua pior onda de agitação de trabalhadores desde a década de 1980, com greves por causa de salários afetando quase todos os aspectos da vida cotidiana, enquanto a inflação atinge o nível mais alto em quatro décadas, de mais de 10%.
O governo e os sindicatos de professores disseram que o Sindicato Nacional de Educação (NEU) --o maior sindicato grevista-- manterá um "período de calma" por duas semanas em que nenhuma nova greve seria anunciada.
“O secretário da Educação e todos os sindicatos vão se reunir (na sexta-feira), dando início a conversações intensivas, que continuarão ao longo do fim de semana”, afirmaram o governo e os sindicatos em comunicado conjunto, acrescentando que esperam chegar a “uma conclusão bem-sucedida”.
Isso ocorre um dia depois que os sindicatos de saúde e o governo concordaram com uma nova oferta de aumento salarial de 5% para o próximo ano fiscal, potencialmente pondo fim a greves separadas de dezenas de milhares de enfermeiros e paramédicos.
Os professores realizaram sua mais recente greve em toda a Inglaterra esta semana, coincidindo com o orçamento anual do governo.
(Reportagem de William James e Farouq Suleiman)