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Governo inclui 'trava' a gasto extra permitido pelo arcabouço em 2025

Publicado 18.04.2024, 08:57
Governo inclui 'trava' a gasto extra permitido pelo arcabouço em 2025

O governo incluiu um gasto extra autorizado pelo arcabouço fiscal na previsão do Orçamento de 2025, mas com uma trava para o uso do dinheiro. Dispositivo incluído no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) prevê que o aumento de até R$ 15,7 bilhões em despesas programado para este ano só pode se repetir no ano que vem se a previsão de crescimento da arrecadação se confirmar.

O arcabouço fiscal autoriza o governo a abrir um crédito de R$ 15,7 bilhões em 2024 para gastos extras caso a projeção de receita para o ano seja mais elevada do que o inicialmente estimado. Atualmente, essa despesa só pode ser feita após o fim de maio e precisa ser aprovada pelo Congresso. Um projeto aprovado pela Câmara na semana passada, porém, antecipa essa possibilidade e autoriza o governo Lula a gastar esse dinheiro imediatamente por decreto, sem aprovação do Legislativo.

O gasto extra em 2024 pode virar permanente e entrar no Orçamento de 2025. Mas, se a arrecadação for menor do que o esperado atualmente, o gasto precisa ser cortado no ano que vem, de acordo com a lei atual do arcabouço.

Margem

O projeto aprovado pela Câmara abre margem para que essa "punição" seja vetada ou simplesmente ignorada e gerou preocupação no mercado financeiro. A antecipação foi aprovada por meio um "jabuti" - medida estranha ao projeto original - presente no texto que tratava da volta do seguro obrigatório veicular, anteriormente conhecido como DPVAT.

O projeto da LDO mantém a possibilidade do gasto extra em 2025, facilitando o uso do recurso ao colocá-lo no Orçamento, mas prevê uma trava a mais para o uso do dinheiro no ano que vem.

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O governo não incluiu o valor no cálculo do limite de despesas do Orçamento de 2025. Além disso, o montante só poderá ser usado se o crescimento da arrecadação de 2024 for igual à estimativa que justificou o gasto extra neste ano - o que só poderá ser comprovado no fim de janeiro de 2025. Caso o governo não consiga aumento de arrecadação, o dinheiro não poderá ser utilizado.

O potencial de efeitos do dispositivo, no entanto, é limitado. A medida permite que o gasto seja incluído no Orçamento, ainda que fique na dependência de arrecadação, e facilita o uso do dinheiro sem necessidade de aprovar um novo projeto no Orçamento para colocar esse gasto nas contas em 2025, favorecendo o governo caso ele queira elevar gastos no próximo ano.

Além disso, a trava é opcional e terá de ser confirmada pelo Executivo no envio do projeto de Orçamento para 2025, que deve ser encaminhado para o Congresso no fim de agosto, e na aprovação da peça orçamentária pelo Legislativo, com previsão para dezembro. O texto do projeto da LDO esclarece que os recursos "poderão" ser condicionados à comprovação de arrecadação, ou seja, o dispositivo não é obrigatório, mas sinaliza um caminho traçado pela equipe econômica.

Ao enviar o projeto da LDO, o governo justificou a proposta por escrito. Texto assinado pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, diz que a medida foi elaborada para dar transparência e previsibilidade ao Orçamento em 2025. "Desse modo, com vistas a dar transparência e previsibilidade ao processo orçamentário, o projeto prevê que as despesas decorrentes da ampliação do limite devem ser tratadas como condicionadas, vinculando-se à confirmação da base de cálculo, conforme a apuração da arrecadação das receitas em 2024", diz.

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Em resposta à reportagem, o Ministério do Planejamento e Orçamento afirmou que o dispositivo está em linha com o arcabouço fiscal. "O art. 14 da LC 200/2023 (lei do arcabouço) dispõe que o acréscimo do limite na base de 2025 depende de verificação da receita realizada em 2024, o que não estará encerrado quando do envio do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual). Dessa forma o mecanismo prevê a possibilidade de estimar esse espaço e utilizá-lo no PLOA, condicionado à sua real apuração."

'Sem esforço'

"O problema foi antecipar os R$ 15,7 bilhões em 2024. A antecipação mostra que não existe nenhum esforço para evitar o aumento de gasto. Se o objetivo é esse, qualquer buraco que o governo consiga encontrar na legislação para gastar, ele vai tentar, mesmo condicionando à receita", avalia o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo.

O projeto não mexe nos R$ 15,7 bilhões que poderão ser gastos em 2024, pois a LDO trata somente das regras de 2025. O que pode acontecer é o dispositivo ser alterado no Congresso. Se o jabuti aprovado na Câmara for aprovado no Senado e sancionado pelo presidente Lula, alterando a lei do arcabouço, os parlamentares teriam uma justificativa para alterar o projeto da LDO de 2025 e manter o gasto extra sem amarras no próximo ano.

Conforme o Estadão mostrou, os "furos" no arcabouço fiscal começaram mais rapidamente do que os dribles feitos no antigo teto de gastos. Desde que a nova âncora fiscal foi aprovada, em agosto do ano passado, R$ 28 bilhões em despesas foram retiradas dos limites de gastos vigentes em 2023 e 2024.

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Ao falar sobre o jabuti aprovado pela Câmara, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a equipe econômica acompanhou a negociação da proposta e agiu para preservar a espinha dorsal do arcabouço. Ele refutou as avaliações de que a flexibilização fragiliza a regra fiscal. "Eu não concordo com essa avaliação de que há várias alterações sendo feitas no marco fiscal, isso não procede. O marco fiscal está intacto", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

ano da fartura. falam fora pt mas todos deputados aceitaram.
o pior são os defensores do coiso que driblou o teto várias vezes criticando 🤣🤣🤣
Esses quadrilheiros do governo querem viver no luxo às custas do povo, bem típico de comunista.
Esse arcabouço é a maior mentira que já inventaram. Só podia ser coisa do PT
SE TRAVAR OS GASTOS, ALGUÉM VAI DEIXAR DE RECEBER PROPINA PARA DEFENDER ESSA QUADRILHA. SERÁ QUE VÃO TIRAR DINHEIRO DA SECOM E DEIXAR ALGUNS JORNALISTAS SUJOS, SEM DINHEIRO?
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