Brasília, 28 ago (EFE).- O Governo prevê que a economia crescerá no próximo ano 3%, segundo o projeto de orçamento nacional para 2015, apresentado nesta quinta-feira ao Congresso e avaliado em R$ 2,860 trilhões.
Para 2015, quando o país será governado pelo presidente que sair das eleições de outubro próximo, o projeto de orçamento prevê também uma inflação de 5% e um aumento do salário mínimo de 8,84%, que o levará a R$ 788.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao entregar o documento avaliou especialmente o aumento do salário mínimo, que supera a taxa de inflação prevista para este ano, próxima a 6,5%.
"Representa algo muito importante para a população e acaba com essa ideia equivocada que aumentar muito o salário mínimo pode causar desemprego, pois as altas decretadas nos últimos anos também foram superiores à inflação e não impediram que a taxa de desemprego se mantivesse em torno de 5%", disse Mantega.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que acompanhou Mantega na entrega do projeto ao Congresso, disse que esse aumento do salário mínimo terá um impacto de R$ 22 bilhões nas contas públicas.
Quanto à distribuição desses recursos, o governo decidiu aumentar em quase 10% o orçamento para a área de educação, que receberá R$ 46,7 bilhões.
Também aumentará cerca de 10% o orçamento do Ministério da Saúde, que de acordo com o projeto passará para R$ 91,4 bilhões.
Além disso, também se decidiu aumentar em 10% o orçamento do Ministério das Cidades, que contará em 2015 com R$ 26,3 bilhões.
Segundo Belchior, o projeto de orçamento para 2015 reafirma a decisão do governo de estabelecer como principais prioridades as áreas sociais, junto com o combate à pobreza e o desenvolvimento de infraestruturas.