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Ibovespa flerta com 128 mil pontos, mas fecha em queda com receios sobre economia dos EUA

Publicado 02.08.2024, 17:06
Atualizado 02.08.2024, 17:45
© Reuters. Painel de cotações da B3 em São Paulon19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, contaminado pelo viés negativo de Wall Street, após dados mais fracos da economia norte-americana, combinados com resultados e perspectivas de empresas de tecnologia, alimentarem preocupações de uma desaceleração mais forte do que o previsto nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,21%, a 125.854,09 pontos, após marcar 128.103,59 pontos na máxima, enquanto, na mínima, chegou a 125.730,94 pontos. Na semana, caiu 1,29%. O volume financeiro somou 24 bilhões de reais.

O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou mais cedo que foram criados 114 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado, menos do que os 179 mil em junho (dado revisado para baixo) e as previsões de analistas de 175 mil postos. A taxa de desemprego aumentou de 4,1% para 4,3%.

Apesar de corroborarem apostas de que o Federal Reserve deve cortar os juros nos EUA em setembro, os dados aguçaram os receios com o risco de uma recessão na maior economia do mundo, de que a dosagem do remédio para controlar a inflação norte-amricano pode ter sido excessiva.

De acordo com gestor de renda variável César Mikail, da Western Asset, os números somaram-se aos resultados piores do que o esperado de algumas empresas de tecnologia, com Amazon (NASDAQ:AMZN) e Intel (NASDAQ:INTC) ocupando os holofotes desta sessão.

Ele destacou ainda um aspecto técnico nesse movimento mais negativo, após forte valorização nos pregões norte-americanos, citando que o mercado está "overbought" (sobrecomprado). "É natural esse tipo de volatilidade quando vem algo que não agrada", ponderou.

Em Nova York, o S&P 500 caiu 1,84%, enquanto o Nasdaq fechou em baixa de 2,43%. No mês passado, ambos renovaram suas máximas históricas. Apesar do ajuste de baixa nesta sessão, o S&P 500 ainda sobe mais de 14% no ano, enquanto o Nasdaq tem alta de quase 12%.

O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano recuava a 3,8016%, de 3,978% na véspera.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) caiu 3,01%, contaminada pelo forte recuo dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent cedeu 3,41%, a 76,81 dólares. PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) perdeu 3,04%, com outras petrolíferas acompanhando o movimento. 3R ON (BVMF:RRRP3) fechou negociada em baixa de 0,75%, PRIO ON (BVMF:PRIO3) apurou queda de 4,13% e PETRORECONCAVO ON cedeu 2,12%.

- WEG ON (BVMF:WEGE3) recuou 5,72%, em sessão de ajustes após renovar máximas históricas na véspera, repercutindo declarações de executivos sinalizando manutenção de margens elevadas no curto prazo, depois de apresentar um resultado acima das previsões para o segundo trimestre na quarta-feira. A queda ocorre após o papel acumular um salto de mais de 15% nos últimos dois pregões.

- VALE ON (BVMF:VALE3) caiu 1,39%, em meio a movimento divergente dos futuros do minério de ferro na Ásia, onde o contrato mais negociado em Dalian, na China, fechou em alta de 2,16%, enquanto o vencimento de referência em Cingapura abandonou o sinal positivo e cedeu 0,9%, em meio a um ambiente de preocupações persistentes sobre o atividade econômica chinesa.

- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) perdeu 6,59%, sofrendo com o ajuste generalizado em papéis sensíveis ao mercado externo, principalmente dada a forte valorização no ano. Até a véspera, o papel acumulava uma alta de 87,67%.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) disparou 7,13%, beneficiada pela queda nas taxas dos DIs , o que apoiou o avanço de outros papéis sensíveis a juros, como PETZ ON (BVMF:PETZ3) e LOJAS RENNER ON (BVMF:LREN3), que avançaram 6,14% e 3,54%, respectivamente. O índice do setor de consumo terminou com elevação de 0,86%.

- EZTEC (BVMF:EZTC3) ON valorizou-se 6,51%, também favorecida pelo alívio na curva de juros, além da avaliação positiva do balanço da construtora, com alta de 17,7% no lucro líquido do segundo trimestre. Entre os papéis do segmento listados no Ibovespa, CYRELA ON (BVMF:CYRE3) subiu 1,78% e MRV&CO ON (BVMF:MRVE3) ganhou 2,13%. O índice do setor imobiliário avançou 0,98%

© Reuters. Painel de cotações da B3 em São Paulo
19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo

- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançou 0,61%, tendo no radar a divulgação do resultado do segundo trimestre na segunda-feira antes da abertura do mercado, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3), que também reportam seus números na próxima semana, caíram 1,26% e 0,8%. SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11), que já mostrou seus números, perdeu 3,12%.

- MARCOPOLO PN (BVMF:POMO4) disparou 10,78%, entre os melhores desempenhos do índice Small Caps, após a fabricante de carrocerias de ônibus divulgar na noite da véspera um salto de 142% no resultado operacional medido pelo Ebitda no segundo trimestre, para 382,3 milhões de reais, com a margem passando de 11,6% para 19,5%.

- MERCADO LIVRE (NASDAQ:MELI) saltou 10,59% em Nova York, onde as ações da gigante do comércio eletrônico são negociadas, após divulgar que seu lucro líquido mais do que dobrou no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 531 milhões de dólares, superando as estimativas de analistas.

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