Por Camila Moreira
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central surpreendeu e mostrou que a economia brasileira voltou a contrair em maio, depois de apresentar recuperação no mês anterior
No mês, o IBC-Br, considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,43% em relação a abril, informou o BC em dado dessazonalizado.
O resultado mostra que a economia voltou a contrair depois de recuo do IBC-Br de 2% em março --quando interrompeu 10 meses seguidos de ganhos. Entretanto, a alta de abril foi revisada com força para cima, a 0,85%, de ganho de 0,44% informado antes.
Também fica bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,0%.
Depois de o país ter se tornando o epicentro mundial da pandemia, a atividade econômica vem buscando se recuperar dos efeitos provocados pelas medidas de contenção do coronavírus.
Na comparação com o mesmo mês de 2020, o IBC-Br subiu 14,21%, apresentando no acumulado em 12 meses ganho de 1,07%, segundo números observados.
Em meio ao andamento ainda lento da vacinação no país naquele mês, a produção da indústria brasileira subiu 1,4% em maio após três meses de quedas, retomando o nível pré-pandemia mas com um resultado abaixo do esperado.
As vendas varejistas também subiram, pelo segundo mês seguido, mas o ganho de 1,4% também ficou abaixo do esperado.
Por outro lado, o volume de serviços cresceu 1,2% e o setor deu sinais de aquecimento com alta recorde para o mês de maio.
Os especialistas consultados na pesquisa semanal Focus do Banco Central veem um crescimento este ano do PIB de 5,26%, com alta em 2022 de 2,09%.