SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 0,57 por cento em abril depois de ter encerrado março com avanço de 0,64 por cento, com a pressão mais fraca das matérias-primas brutas no atacado compensando o avanço dos alimentos para o consumidor.
O dado informado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira ficou praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,55 por cento.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do indicador geral, subiu 0,71 por cento no período ante alta de 0,89 por cento em março.
O IPA mostrou que as Matérias-Primas Brutas tiveram alta de 0,44 por cento no mês, depois de subirem 1,54 por cento no período anterior. O movimento foi favorecido principalmente pela queda de 9,53 por cento nos preços do minério de ferro.
A alta dos preços ao consumidor, por outro lado, mostrou ganhou força em abril. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30 por cento no IGP-M, subiu 0,31 por cento, sobre 0,14 por cento no mês anterior.
A principal contribuição aqui foi dada pelo grupo Alimentação, cujos preços subiram 0,18 por cento em abril depois de terem recuado 0,08 por cento em março, com os laticínios pressionando com força.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,28 por cento no mês, ante avanço de 0,23 por cento no período anterior.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
(Por Camila Moreira)