SÃO PAULO (Reuters) - Os preços no atacado exerceram menor pressão e levaram o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) a desacelerar a alta a 0,76 por cento em janeiro, após 0,89 por cento em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,83 por cento no mês.
Os dados mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do indicador geral, teve em janeiro avanço de 0,91 por cento, depois de subir em dezembro 1,24 por cento.
Os Produtos Agropecuários registraram alta de 0,17 por cento no primeiro mês deste ano, depois de subirem 0,83 por cento em dezembro. Já os Produtos Industriais desaceleram o avanço a 1,15 por cento, de 1,37 por cento.
Os preços ao consumidor iniciaram o ano mostrando maior pressão uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30 por cento no IGP-M, subiu 0,56 por cento em janeiro, de 0,30 por cento no último mês do ano passado.
A principal contribuição para esse resultado foi dada pelo grupo Alimentação, cujos preços subiram 1,11 por cento em janeiro depois de alta de 0,13 por cento no mês anterior, devido principalmente ao movomento do item hortaliças e legumes.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, acelerou a alta a 0,28 por cento no período, após 0,14 por cento em dezembro.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
(Por Camila Moreira)