PEQUIM (Reuters) - As importações chinesas de milho em 2021 praticamente triplicaram em volume em relação ao ano anterior, atingindo um novo recorde, conforme mostram dados alfandegários nesta terça-feira, enquanto compradores se voltaram para alternativas internacionais mais baratas com os preços em alta e um aperto na oferta doméstica.
A China, principal mercado de grãos do planeta, importou 28,35 milhões de toneladas de milho em todo ano de 2021, uma alta de 152% a partir do número de 11,3 milhões, que já era um recorde, em 2020, mostraram dados da Administração Geral Alfandegária.
As importações de trigo nos primeiros 12 meses do ano também bateram o recorde com 9,77 milhões de toneladas, alta de 16,6% a partir dos 8,38 milhões em 2020, apontam os dados.
O preço do milho chegou a um patamar recorde em 2021, após Pequim reduzir seu gigantesco estoque temporário do grão e o clima desfavorável afetar a produção na principal região produtora no ano anterior.
Compradores intensificaram as importações de grãos como milho e trigo para suprir a diferença doméstica na oferta de milho.
O apetite chinês por grãos importados mostrou sinais de queda nos últimos meses do ano, com uma safra maior pressionando os preços nacionais para baixo, enquanto a demanda de ração para a pecuária enfraqueceu com a margem da produção de carne suína em queda.
As importações de milho em dezembro estavam em 1,33 milhão de toneladas, uma queda de 39,9% em relação ao ano anterior, de acordo com os dados.
(Reportagem de Hallie Gu e Dominique Patton)