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Índice de atividade econômica do BC aponta contração de 0,8% no 1º tri

Publicado 21.05.2015, 11:20
© Reuters. Refinaria da Petrobras em Cubatão
BARC
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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A economia brasileira voltou a perder fôlego em março e encerrou o primeiro trimestre com contração, de acordo com dados do Banco Central, em um resultado que deve ser a tônica deste ano e indica a fragilidade da atividade no país.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 1,07 por cento em março na comparação com fevereiro, maior queda mensal desde junho do ano passado (-1,4 por cento). Isso após ter avançado 0,59 por cento em fevereiro sobre o mês anterior, em dado revisado pelo BC de alta inicialmente reportada de 0,36 por cento, em números dessazonalizados.

Com isso, o IBC-BR --espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- encerrou os três primeiros meses do ano com queda de 0,8 por cento sobre os três últimos de 2014, pior resultado para um trimestre desde o segundo trimestre do ano passado, quando caiu 1,5 por cento.

"A perspectiva é de deterioração, pelo menos neste ano. Falta confiança, não sabemos direito como vai ficar a questão fiscal. Esse clima de incerteza não contribui em nada para melhorar a perspectiva para o resto do ano", afirmou a economista da CM Capital Markets Jéssica Strasburg, ressaltando que o cenário para 2016 depende dos desenvolvimentos do contexto fiscal.

No quarto trimestre passado, o PIB cresceu 0,3 por cento sobre o período anterior, fechando 2014 com o crescimento mínimo de 0,1 por cento, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IBGE divulga os números referentes ao primeiro trimestre deste ano no dia 29 de maio.

O resultado mensal do indicador do BC ficou bem pior que a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,50 por cento na mediana das projeções.

Entretanto, a pesquisa foi feita antes de o BC anunciar que ajustou o seu indicador para a nova metodologia que passou a ser utilizada pelo IBGE no cálculo das contas do PIB.

"É muito difícil separar o que é surpresa e o que é revisão metodológica", afirmou o economista e estrategista-chefe para a América Latina do Barclays (LONDON:BARC), Bruno Rovai. "Mas olhando para o dado cheio, um número ruim não deveria surpreender. Não tem praticamente nada positivo".

Na comparação com março de 2014, o índice caiu 2,70 por cento e em 12 meses acumula queda de 1,18 por cento, ainda em números dessazonalizados.

Vários setores da atividade econômica brasileira vêm mostrando desempenho pífio neste ano. Em março, a produção da indústria recuou 0,8 por cento e fechou o primeiro trimestre com queda acumulada no ano de 5,9 por cento.

Já as vendas no varejo, antes destaque da economia, caíram 0,9 por cento em março sobre fevereiro e encerraram o primeiro trimestre com o resultado mais fraco em 12 anos.

Para especialistas, a contração econômica em 2015 é certa e a projeção na pesquisa Focus do BC é de queda do PIB de 1,20 por cento. Esse seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009.

© Reuters. Refinaria da Petrobras em Cubatão

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.

(Reportagem adicional de Bruno Federowski)

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