Rio de Janeiro, 7 nov (EFE).- A taxa de inflação desacelerou em outubro no país e acumulou uma alta de 6,59% nos últimos 12 meses, número que supera a meta do Governo, cujo limite é de 6,5% para todo o ano, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta de preços em outubro foi de 0,42%, dado menor que o registrado no mesmo mês do ano passado (0,57%) e no de setembro (0,57%), segundo o IBGE.
Entre janeiro e outubro, a inflação acumula uma alta de 5,05%, segundo o relatório do organismo.
O IBGE informou que os preços dos alimentos, grupo com maior peso na composição do índice de preços, subiram 0,46%, a um ritmo menor que no mês anterior, o que contribuiu para a desaceleração da inflação.
Desde 2006 o Governo se impôs como meta uma inflação de 4,5% anual com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais.
Pela primeira vez desde o estabelecimento dessas metas, a inflação supera o teto de 6,5% em termos anualizados nesta época do ano.
Em uma tentativa de controlar os preços, o Banco Central (BC) elevou os juros básicos para 11,25%, algo que contribuiu para a estagnação da economia brasileira.
Segundo o BC, a inflação está pressionada pela tendência de desvalorização do real nos mercados de divisas, que se acentuou nos últimos meses.
A economia do país caiu 0,6% no segundo trimestre do ano, acumulando dois trimestres consecutivos de baixa e entrou no que os especialistas qualificam de "recessão técnica".
O Governo calcula que a economia crescerá 0,9% no ano, embora o BC esteja prevendo 0,6% e o mercado, mais pessimista, situe o índice em 0,24%, segundo pesquisas realizadas pelo órgão emissor.