Por Pete Sweeney
XANGAI (Reuters) - A inflação ao consumidor da China desacelerou e os preços ao produtor continuaram caindo em maio, fortalecendo o argumento por estímulos fiscais uma vez que a segunda maior economia do mundo não responde a estímulos monetários.
A inflação anual ao consumidor desacelerou a 1,2 por cento em maio graças a uma forte queda nos preços de alimentos, particularmente suínos, de acordo com dados da Agência Nacional de Estatísticas publicados nesta terça-feira, abaixo da projeção de 1,3 por cento e da taxa de 1,5 por cento no mês anterior.
O índice de preços ao produtor repetiu em maio a queda de 4,6 por cento, o que significa que o poder de precificação de fábricas chinesas está afundando cada vez mais em seu quarto ano de contração.
"As empresas e os bancos estão ocupados em consertar seus balanços patrimoniais, e isso suprime o apetite pela tomada de empréstimos", disse o economista do Conference Board em Pequim Andrew Polk.
Polk afirmou que a solução requer uma redução "dramática" das taxas de juros combinada a mais gastos do governo.
Economistas dizem que a fraqueza nos preços ao produtor são particularmente preocupantes uma vez que preços de commodities --uma grande força deflacionária nas grandes do setor industrial da China-- estão se recuperando apesar dos preços ao produtor continuarem fracos.
A China cortou a taxa de juros pela terceira vez em seis meses em maio --somando-se a duas reduções no volume de dinheiro que os bancos têm que manter em reserva, com pouco impacto sobre a deflação. Alguns economistas acreditam que a China pode estar entrando em uma "armadilha de liquidez" em que oferta adicional de dinheiro não se traduz em investimento produtivo.