A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) recuou 0,8% em março, o 4º resultado negativo consecutivo e o mais intenso do período. A informação é da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
A variação anual foi de 7,7%, menor nível desde março de 2022. O índice chegou a 104,1 pontos.Segundo a CNC, a queda da ICF nesse mês é reflexo da menor oferta de crédito e da desaceleração do mercado de trabalho.
A pesquisa também revelou que o indicador que mede a percepção sobre o momento para compra de bens duráveis apresentou a maior queda mensal, de 2,2%, mas ainda foi o que teve o maior avanço anual, de 24,8%.
A queda da intenção de consumir em março foi puxada principalmente pela redução em 0,8% do indicador relacionado às famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos. As que recebem acima de 10 salários mínimos também tiveram queda no mês, mas em menor intensidade: 0,6%.
O público feminino também apresentou recuo mais intenso na intenção de compra. Enquanto a ICF caiu 2,3% entre as mulheres, a redução foi de 0,8% entre os homens.
As mulheres também relataram maior dificuldade para ter acesso ao crédito, com queda mensal de 2,5%, enquanto homens tiveram aumento pelo 2º mês consecutivo nesse item.
Apesar das quedas recentes, a expectativa para os próximos meses ainda é positiva. O subindicador Perspectiva de Consumo se manteve acima do nível de satisfação, com 108,3 pontos.
A proporção das famílias que pretendem aumentar o consumo nos próximos meses caiu em março. No entanto, essa queda foi compensada pelo avanço de 29,6% que não deve alterar seu nível de consumo. A maioria, 38,5%, permanece com a intenção de consumir mais.
Com informações da Agência Brasil.