Rio de Janeiro, 21 mai (EFE).- O número de empregos formais gerados no Brasil em abril foi de 105.384, o que representa 46,48% a menos do que no mesmo período de 2013 (196.913) e o mais baixo para este mês nos últimos quinze anos, informou nesta quarta-feira o Ministério do Trabalho.
A quantidade de novos empregos formais criados no mês passado se aproximou ao de abril de 2009 (106.205), quando o país vivia os efeitos da crise econômica internacional, mas está longe do número gerado em abril de 2010 (305.068), 2011 (272.225) e 2012 (216.974).
As empresas registraram em abril 1,86 milhão de novos contratos formais e 1,76 milhão de demissões, segundo os dados do Arquivo Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
A geração de novos postos de trabalho formais em março (57.543) também tinha sido a menor para esse mês desde 1999.
Segundo o Ministério do Trabalho, nos primeiros quatro meses deste ano foram gerados 458.145 novos empregos formais (registrados oficialmente e que contam com todas as garantias trabalhistas).
Desde janeiro de 2011, quando a presidente Dilma Rousseff assumiu seu mandato, foram gerados 4,96 milhões de empregos no Brasil.
Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, a menor geração neste ano é fruto da situação de "pleno emprego" no país e ao aumento real do salário registrado nos últimos anos, que favorecem o emprego informal.
"O saldo continua positivo mas se reduziu devido à situação de pleno emprego no país, o que reduziu o número de pessoas buscando trabalho", afirmou.
Segundo estatísticas oficiais, a taxa de desemprego no Brasil em março passado foi de 5%, a menor para este mês desde 2003, ano no qual se começou a realizar a medição do indicador com a atual metodologia.
A taxa tinha caído para 4,3% em dezembro, quando chegou ao seu menor nível histórico, mas cresceu ligeiramente nos primeiros meses do ano pela demissão de trabalhadores contratados temporariamente pelo comércio e a indústria para reforçar o período natalino.
A taxa média de desemprego no Brasil no ano passado foi de 5,4%, a menor desde 2003.
O país conseguiu reduzir os índices de desemprego para mínimos históricos apesar da crise internacional e do baixo crescimento da economia nacional nos últimos anos.