⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

IPCA acelera mais que o esperado em julho, mas em 12 meses é o menor desde 1999

Publicado 09.08.2017, 10:32
© Reuters. Consumidora passa por cartazes com preços de produtos em mercado no Rio de Janeiro
USD/BRL
-

Por Rodrigo Viga Gaier e Luiz Guilherme Gerbelli

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A inflação voltou a ganhar impulso em julho, acima do esperado e puxada pelos preços maiores de energia elétrica e dos combustíveis, mas ainda dando conforto para que o Banco Central continue no seu caminho de redução dos juros básicos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24 por cento em julho, após mostrar deflação de 0,23 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

No acumulado de 12 meses, o IPCA subiu 2,71 por cento, nível mais baixo desde fevereiro de 1999 (2,24 por cento) e permanecendo abaixo do piso da meta oficial de inflação, de 4,5 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O número de julho veio acima das expectativas dos analistas consultados pela Reuters, de alta de 0,19 por cento no mês e de 2,66 por cento em 12 meses.

"O IPCA está muito ao sabor da energia e das bandeiras tarifárias nos últimos 2 meses. É preciso esperar o fim desse movimento, para cima ou para baixo, para filtrar o real patamar da inflação", disse o gerente de Índice de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves.

Segundo o IBGE, o maior impacto individual sobre o IPCA veio da energia elétrica, que subiu 6 por cento após a entrada em vigor da bandeira tarifária amarela em julho, levando o grupo Habitação a registrar alta de 1,64 por cento em julho, depois de registrar deflação de 0,77 por cento no mês anterior.

Essa pressão deve permanecer em agosto, quando valerá a bandeira vermelha. Além disso, o efeito do aumento do PIS/Cofins sobre preços de combustíveis, anunciado em meados de julho, não deve desaparecer no curto prazo.

© Reuters. Consumidora passa por cartazes com preços de produtos em mercado no Rio de Janeiro

E foi isso que afetou o grupo Transporte em julho, com alta mensal de 0,34 por cento no mês passado, depois de cair 0,2 por cento em junho. Segundo o IBGE, o litro do etanol ficou, em média, 0,73 por cento mais caro, enquanto a gasolina subiu 1,06 o cento.

Já o grupo alimentação e bebidas, que corresponde por 25 por cento do índice, apresentou deflação pelo terceiro mês e recuou 0,47 por cento.

O fato de os preços livres continuarem em queda neste mês, influenciados pela recuperação econômica mais lenta que a esperada, é um fator importante para que o BC corte a Selic, que já foi reduzida em 5 pontos percentuais desde outubro do ano passado, aos atuais 9,25 por cento.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.