⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

IPCA desacelera mais que o esperado em fevereiro e abre espaço para corte maior dos juros

Publicado 10.03.2017, 09:34
Atualizado 10.03.2017, 09:40
IPCA desacelera mais que o esperado em fevereiro e abre espaço para corte maior dos juros

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A inflação oficial brasileira fechou fevereiro abaixo do esperado favorecida pela queda nos preços dos alimentos, aproximando-se ainda mais da meta do governo e pavimentado ainda mais o caminho para o Banco Central acelerar o ritmo de cortes de juros já no próximo mês.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,33 por cento em fevereiro, contra 0,38 por cento em janeiro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É o resultado mais baixo para o mês desde 2000 (0,13 por cento) e melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,45 por cento.

Nos 12 meses até fevereiro, o índice avançou 4,76 por cento, sobre 5,35 por cento no mês anterior, ficando muito perto do centro da meta oficial --de 4,5 por cento com tolerância de 1,5 ponto percentual.

Nessa base de comparação, o IPCA voltou à casa dos 4 por cento pela primeira vez desde meados de 2012, registrando o nível mais baixo desde setembro de 2010 (4,70 por cento). A expectativa de especialistas ouvidos pela Reuters era de que o índice ficasse em 4,88 por cento.

O grupo que mais contribuiu para o resultado melhor do IPCA de fevereiro foi alimentos, que compensou a forte alta sazonal nos preços de educação.

Os preços do grupo Alimentação e Bebidas recuaram 0,45 por cento, com impacto negativo de 0,11 ponto percentual no IPCA e no nível mais baixo desde julho de 2010 (-0,76 por cento). Entre os produtos que ficaram mais baratos em fevereiro, destacaram-se as quedas de 14,22 por cento do feijão-carioca e de 3,83 por cento do frango inteiro.

Na outra ponta, a inflação de Educação chegou a 5,04 por cento refletindo os reajustes de início de ano, em especial os das mensalidades de cursos regulares (+6,99 por cento).

A inflação de serviços, que o BC vem observando com atenção para a condução da política monetária, também mostrou maior pressão ao acelerar a alta a 0,84 por cento em fevereiro, sobre 0,36 por cento no mês anterior. Entretanto, em 12 meses foi abaixo de 5 por cento, para 5,95 por cento, contra 6,18 por cento em janeiro.

O cenário de alívio no IPCA ratifica o movimento de afrouxamento monetário que vem sendo promovido pelo BC, com a Selic já caindo 2 pontos percentuais, a 12,25 por cento, desde o início dos cortes em outubro.

Na ata de sua última reunião, o BC afirmou que uma intensificação do ritmo de corte nos juros básicos equivale a maior grau de antecipação desse ciclo de flexibilização, reforçando que pode acelerar o passo em breve. No último encontro, em fevereiro, o corte foi de 0,75 ponto percentual.

As expectativas de inflação ancoradas e projeções para este ano e o próximo em torno da meta favorecem essa aceleração nos cortes dos juros básico para a reunião de abril do BC. As estimativas para a inflação neste ano e no próximo, na última pesquisa Focus do BC, são respectivamente de 4,36 e 4,50 por cento.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.