Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve em setembro a maior alta para o mês desde 2003, de 0,64%, pressionado pelo aumento dos preços de alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA acumulou alta de 3,14%, frente a 2,44% nos 12 meses até agosto.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,54% em setembro, acumulando em 12 meses avanço de 3,03%.
Segundo o IBGE, o maior impacto no índice no mês veio do grupo alimentação e bebidas, que registrou alta de 2,28%, após subir 0,78% em agosto. Essa aceleração decorreu principalmente da alta de 2,89% apontada nos alimentos para consumo em domicílio, com destaque para óleo de soja (+27,54%), arroz (+17,98%), tomate (11,72%) e leite longa vida (+6,01%).
Outros grupos que tiveram altas relevantes foram artigos de residência (+1%) --que inclui televisores e mobiliário-- transportes (+0,70%) e habitação (+0,37%).
O único dos nove grupos monitorados que apresentou queda expressiva foi o de saúde e cuidados pessoais (-0,64%). O grupo educação oscilou 0,09% para baixo.
Em agosto, o IPCA havia subido 0,24%. Em setembro de 2003, a alta foi de 0,78%.
Apesar da alta, a inflação em 12 meses segue abaixo da meta do Banco Central para 2020, que é de 4%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.