👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

IPCA-15 tem maior alta para março em 6 anos por gasolina e taxa em 12 meses supera teto da meta

Publicado 25.03.2021, 10:12
© Reuters. Posto de combustíveis em Cuiabá
PETR4
-

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A gasolina continuou exercendo forte peso e a prévia da inflação oficial do Brasil registrou em março a maior alta para o mês em seis anos, com o acumulado em 12 meses ultrapassando o teto da meta do governo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,93% em março, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado ficou bem acima da alta de 0,48% vista em fevereiro, mas pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço no mês de 0,96%, caracterizando a alta mais intensa para o mês de março desde 2015 (+1,24%).

O resultado levou a taxa acumulada do IPCA-15 em 12 meses a 5,52%, de 4,57% antes e expectativa de 5,55%. Com isso, supera o teto da meta do governo para este ano, que é de uma inflação de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

A maior influência individual para o resultado foi exercida pela alta de 11,18% da gasolina, cujos preços aumentaram pelo nono mês consecutivo.

Na sexta-feira, a Petrobras (SA:PETR4) anunciou o primeiro recuo dos preços da gasolina em suas refinarias, seguido de outro a partir desta quinta-feira, mas o combustível ainda acumula aumento de quase 41% frente aos valores praticados no início de 2021.

Com isso os preços do grupo Transporte tiveram o maior avanço no mês, de 3,79%, acelerando ante alta de 1,11% em fevereiro. Também subiram os custos de etanol (16,38%), óleo diesel (10,66%) e gás veicular (0,39%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram alta em março. O segundo maior impacto foi exercido por Habitação, com alta de 0,71%, com destaque para o aumento de 4,60% do gás de botijão, no 10º mês consecutivo de alta.

Já a alta dos preços de Alimentação e bebidas desacelerou a 0,12% de 0,56% em fevereiro, com os alimentos para consumo no domicílio caindo 0,03% após sete meses consecutivos de alta. Contribuíram para esse resultado as quedas de tomate (-17,50%), batata-inglesa (-16,20%), leite longa vida (-4,50%) e arroz (-1,65%).

O único grupo a apresentar deflação em março foi Educação, que caiu 0,51% após alta de 2,39% em fevereiro.

O cenário inflacionário no Brasil tem sido encarado com cautela, em meio ainda à desvalorização do real e preocupações de repasse cambial aos preços. Instituições econômicas já passaram a elevar suas estimativas tanto para a alta do IPCA quanto para a taxa básica de juros.

© Reuters. Posto de combustíveis em Cuiabá

Na semana passada o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, e explicou que a decisão de elevar a Selic a 2,75% e indicar outra alta do mesmo valor para maio levou em conta os riscos fiscais de curto prazo em meio ao recrudescimento da pandemia no país e preocupações com a desancoragem das expectativas para a inflação.

Já Campos Neto afirmou que a atual conjuntura global de juros baixos, liquidez abundante e disponibilidade de vacinas faz o mercado precificar um aumento da inflação, mas minimizou risco de problemas decorrentes desse cenário.

Para este ano, a pesquisa Focus realizada pelo BC junto a uma centena de economistas mostra que a expectativa é de uma alta do IPCA de 4,71%, com a Selic a 5,00%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.