Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou nesta segunda-feira (24) ter revisado a previsão para a inflação brasileira em 2021, medida pelo IPCA, de 4,6% para 5,3%.
Segundo o instituto, houve, nos últimos meses, uma mudança nos fatores de pressão sobre a inflação no país.
“Em 2020, a aceleração dos preços estava ligada ao forte aumento dos alimentos, mas, em 2021, a elevação da inflação decorre especialmente do aumento dos preços monitorados”, escrevem.
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Para eles, a expectativa de alta destes últimos passou de 6,4% para 8,4%, também com aumento nas previsões da inflação dos bens industriais e dos serviços livres exceto educação, que avançaram de 3,8% e 3,6% para 4,3% e 4%.
Os pesquisadores revisaram também a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 4,3% para 4,7% em 2021, sendo que, em 2020, o índice chegou a 5,5%.
Eles escrevem que, apesar da alta de 6,8% para 8% nos preços monitorados, o índice que mede a inflação das famílias residentes nas áreas urbanas que ganham de um a cinco salários mínimos deve ter alívio inflacionário proveniente da pressão menor dos alimentos, com alta prevista de 5,2% ante 18,9% registrada em 2020.
Ainda assim, a revisão para cima dos reajustes para os bens industriais e os serviços livres exceto educação também contribuíram para a elevação da projeção do INPC este ano.
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A expectativa do instituto para o restante do ano de 2021 é de estabilidade nas cotações das commodities em patamar elevado, mesmo diante de um contexto que prevê um aumento da oferta.
“O controle da pandemia e a retomada mais forte da economia mundial devem contribuir para a manutenção do atual cenário, marcado por um descasamento entre oferta e demanda, impedindo uma queda dos preços internacionais”.