Helsinque, 23 nov (EFE).- A companhia de redes de telefonia celular Nokia Siemens Networks (NSN) anunciou nesta quarta-feira um amplo programa de reestruturação que representará a demissão de 17 mil funcionários no mundo todo, 23% do elenco.
Com este plano, a companhia pretende reduzir seus atuais custos operacionais em 1 bilhão de euros anuais antes do fim de 2013.
NSN, uma joint venture formada pela finlandesa Nokia e a alemã Siemens, planeja reestruturar seu negócio para concentrar-se no desenvolvimento de banda larga móvel e na gestão de serviços de telecomunicações.
"Acreditamos que o futuro de nossa indústria está na banda larga móvel e nos serviços, e nosso objetivo é ser líder indiscutível nestas áreas", assinalou em comunicado o executivo-chefe da NSN, Rajeev Suri.
"Ao mesmo tempo temos de tomar os passos necessários para manter a competitividade no longo prazo e melhorar a rentabilidade no difícil mercado das telecomunicações", acrescentou.
Entre outras medidas, a NSN contempla a integração do negócio de redes sem fios que adquiriu da Motorola em abril por US$ 975 milhões e a redução dos custos de produção e administração.
"Os cortes são lamentáveis, mas necessários, e nossa intenção é realizá-los de maneira justa e responsável, dando todo apoio aos colaboradores e às comunidades", declarou Suri.
A companhia tem intenção de iniciar programas locais para apoiar a formação e a busca de novos postos de trabalho para os empregados afetados, a fim de reduzir o impacto das demissões.
"Apesar da necessidade de reestruturar algumas partes de nossa companhia, nosso compromisso com a pesquisa e o desenvolvimento segue inalterado, e esperamos aumentar o investimento em banda larga móvel nos próximos anos", afirmou Suri.
Em 29 de setembro, Nokia e Siemens anunciaram que injetarão 500 milhões de euros cada uma em seu filial NSN para aliviar a delicada situação financeira da companhia enfrenta desde a criação. EFE