Investing.com – Com a deterioração das expectativas inflacionárias, dólar mais elevado e atividade ainda resiliente, o Itaú (BVMF:ITUB4) projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avance mais em território contracionista e eleve a taxa de juros até o pico 15% em 2025. Para 2026, o banco antecipa diminuição da Selic para 13% ao ano, de acordo com relatório de revisão de cenário divulgado aos clientes e ao mercado nesta sexta-feira, 13 de dezembro.
Com juros mais elevados, o dólar tende a cair para R$ 5,70 em 2025 e 2026, espera a instituição financeira.
“Apesar do diferencial de juros elevado, o cenário global de dólar forte, o aumento prêmio de risco doméstico e a deterioração das contas externas pressionam o real”, pondera no documento.
O banco enxerga um cenário qualitativo ruim para a inflação, com balanço de riscos assimétrico, com estimativa de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue a 4,9% ao final de 2024, 5,0% em 2025 e 4,3% em 2026.
“A depreciação do real e o mercado de trabalho apertado seguem sendo os principais riscos altistas, apenas parcialmente compensados por chance de alimentação menos pressionada (proteínas)”, entende a equipe macroeconômica do banco.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de 2024 foi revisada de 3,2% para 3,6% e a de 2025 de 1,8% para 2,2%.
“A atividade mais forte no curto prazo e expectativa positiva para o PIB Agro 2025 geraram revisões altistas. Para 2026, projetamos crescimento de 2,0%”, completam os especialistas.