Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - As taxas de DI tinham firmes quedas na B3 no início dos negócios desta quarta-feira, com a taxa para janeiro 2021 descendo a 3,68% na mínima após dados do PIB e um dia depois de o Banco Central divulgar nota segundo a qual avaliará os impactos do coronavírus sobre a inflação, depois de o surto da doença levar a autoridade monetária dos Estados Unidos a promover um corte emergencial de juros na véspera.
A curva de DI já embute 47% de probabilidade de corte de 25 pontos-base na Selic no encontro do Copom dos dias 17 e 18 de março, uma clara mudança em relação à expectativa de manutenção do juro, com base nas até então mais recentes comunicações oficiais do BC.
Na noite de terça, o BC disse que monitora atentamente os impactos do coronavírus nas condições financeiras e na economia brasileira e que as próximas duas semanas vão permitir uma avaliação mais precisa desses efeitos sobre a trajetória da inflação.
O mercado analisava ainda os números do PIB, que vieram em linha com o esperado, mostrando uma economia com perda de vigor no último trimestre de 2019, ano de mais fraco crescimento dos últimos três.
Os contratos futuros de DI já sinalizam Selic média de 3,78% no quarto trimestre deste ano, ante a taxa atual de 4,25%. Na pesquisa Focus divulgada pelo BC no começo desta semana, a mediana das previsões apontava estabilidade da taxa básica de juros no país em 4,25%.