Por Marion Giraldo
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Os países de maior renda da América Latina, com exceção da Argentina, crescerão apenas moderadamente neste ano e no próximo porque a demanda externa permanecerá fraca, previu a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira.
Em sua perspectiva semestral para a região, a organização sediada em Paris disse que as sete principais economias latino-americanas crescerão, em média, 1,4% neste ano e 2,4% no próximo.
Os sete países --Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru-- cresceram 1,9% no ano passado.
"Em 2025, as perspectivas para a região têm um tom mais positivo, associado a um maior crescimento da demanda externa e a uma inflação mais baixa, já dentro dos limites das metas dos bancos centrais", disse o relatório da OCDE.
Mas acrescentou: "As tensões geopolíticas globais e a volatilidade nos mercados financeiros globais podem ter um impacto negativo sobre a região."
Segundo o relatório, os desastres climáticos podem afetar a produção agrícola em uma região fundamental para o fornecimento de grãos, elevando os preços das matérias-primas, muitas das quais são exportadas.
O Brasil e o México, a maior e a segunda maiores economias da região, devem crescer 1,9% e 2,2%, respectivamente, seguidos pela Colômbia, com crescimento de 1,2%.
Prevê-se que a Costa Rica cresça a uma taxa mais rápida este ano, de 3,6%, seguida pelo Chile e Peru, com 2,3%.
Prevê-se que a Argentina sofra uma contração de 3,3% em decorrência da hiperinflação e de severos ajustes fiscais. Até 2025, a OCDE prevê uma taxa de crescimento de 2,7%.