O mercado financeiro melhorou em março as projeções para o resultado primário do governo central em 2024. A mediana das estimativas indica um deficit de R$ 82,82 bilhões, ante R$ 83,97 bilhões previstos em fevereiro. Os números constam no Prisma Fiscal, divulgado pelo Ministério da Fazenda.
O valor esperado pelos agentes econômicos é superior à meta do marco fiscal, que estabelece o objetivo de zerar o deficit neste ano, com tolerância de um saldo negativo de até 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).
A melhora na projeção do mercado se deve à expectativa mais positiva com a arrecadação federal, de R$ 2,565 trilhões. Era de R$ 2,545 trilhões em fevereiro.
O mercado avalia que a despesa do governo será maior do que o previsto no mês anterior. Aumentou de R$ 2,178 trilhões para R$ 2,180 trilhões. A dívida bruta do governo central deverá terminar 2024 em 77,5% do PIB (Produto Interno Bruto). A projeção anterior era de 77,67%.
A estimativa para o deficit nominal –que é o saldo das receitas contra as despesas, incluindo o pagamento dos juros da dívida– é de R$ 635 bilhões em 2024. Era de R$ 635,5 bilhões em fevereiro.
2025
O mercado financeiro piorou a projeção para o deficit primário para 2025. A estimativa subiu de R$ 79,74 bilhões para R$ 86,54 bilhões. Segundo o relatório de março, o saldo negativo será R$ 6,8 bilhões maior do que o esperado em fevereiro.
O deficit primário previsto passou de R$ 600 bilhões para R$ 617,8 bilhões. A dívida bruta ficou em 80,09%, quase com estabilidade (80,1%).