A curva de engajamento no Open Finance no Brasil é muito superior à da Inglaterra, segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. "O Open Finance já gerou R$ 8 milhões de economia no juro do cheque especial", citou Campos Neto como um dos avanços trazidos pela ferramenta.
Outro exemplo trazido pelo presidente da autarquia é em relação à portabilidade. "Estamos vendo portabilidade do crédito imobiliário através do Open Finance", disse, durante evento sobre a tecnologia blockchain no Rio de Janeiro.
Campos Neto apontou ainda que um dos debates da reunião do G20, que ocorre no Rio de Janeiro, é como resolver a governança da internacionalização de moedas. Este é um desafio que o plano de voo da digitalização das finanças traçado pelo BC busca solucionar.
Custo menor
Campos Neto afirmou que a agenda tecnológica que conduz à frente do BC vai trazer mais bancarização à população brasileira por um menor custo. Segundo ele, dentre as ferramentas da digitalização, a moeda digital Drex gera eficiência na parte de registros de contratos, o que simplifica e torna mais seguros o desenvolvimento de serviços financeiros. "A tokenização faz a eficiência bancária avançar, com custo menor", disse Campos Neto durante o evento Blockchain Rio.
O piloto do Drex está atualmente em sua fase dois, com as instituições participantes realizando testes para privacidade, programabilidade e descentralização - a resolução destes três quesitos, um trilema, é o grande desafio para aplicação da moeda digital, de acordo com o presidente do BC.
Campos Neto disse ainda que o uso do Drex não traz impactos para o balanço do BC. Uma das dúvidas do mercado em relação ao uso de moedas digitais se refere à uma possível desintermediação nos balanços de bancos.