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Nova metodologia do IBGE revisa expansão do PIB de 2011 para cima a 3,9%

Publicado 11.03.2015, 14:23
Nova metodologia do IBGE revisa expansão do PIB de 2011 para cima a 3,9%

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,9 por cento em 2011 de acordo com a nova metodologia adotada pelo IBGE para o cálculo das contas nacionais, bem mais do que os 2,7 por cento estimados anteriormente.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística passou a incorporar recomendações da mais recente revisão do manual organizado por Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial.

"As mudanças metodológicas, não só no Brasil mas em outros países, fizeram a maioria dos países levantar seu nível de produto", disse a jornalistas o diretor de pesquisas do IBGE , Roberto Olinto, ao frisar que ao longo de 2000 a 2011 o PIB brasileiro a valores correntes apresentou uma expansão média de 2,1 por cento.

A mudança no cálculo dos investimentos, uma das principais alterações adotadas na nova metodologia, contribuiu para a forte revisão para cima no PIB de 2011 divulgada nesta quarta-feira.

A taxa de investimento em relação ao PIB passou de uma alta de 19,3 por cento para 20,6 por cento em 2011, segundo o IBGE.

O resultado da expansão do PIB em 2010 também sofreu uma pequena revisão, passando para um crescimento de 7,6 por cento ante 7,5 por cento anteriormente.

MOTIVOS

A nova metodologia do PIB passa a adotar 2010 como ano de referência. Antes, o ano base da pesquisa era 2000.

No próximo dia 27, o IBGE vai divulgar os dados do PIB do quarto trimestre de 2014 e a divulgação já adotará a nova metodologia.

Os resultados finais dos anos de 2012 e 2013 só serão conhecidos em novembro deste ano e, o PIB de 2014 com a revisão final sairá em 2016.

"A gente sempre tem os dados preliminares do PIB pelas contas trimestrais e, depois como temos todas as pesquisas conjunturais disponíveis, divulgamos o resultado final do PIB com 2 anos de defasagem", disse a jornalistas a economista do IBGE, Rebeca Palis.

"O resultado maior de 2011 tem a mistura de uma comparação de dados preliminares do PIB daquele ano (não tinha o dado final) com as mudanças e introdução de novos cálculos", acrescentou a coordenadora de contas trimestrais.

A forte revisão do PIB de 2011 se deve basicamente a modificações da classificação de ativos fixos, a inclusão dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e da produção de exploração mineral, a participação das usinas térmicas na atividade de energia e o cálculo de despesas.

Segundo a economista do IBGE, algumas das principais mudanças afetam a rubrica FBCF( Formação Bruta de Capital Fixo), que é uma sinalização do nível de investimento no país.

O aperfeiçoamento do cálculo ajudou na revisão do PIB para cima.

Antes, na antiga série, recursos para pesquisa e desenvolvimento eram calculados como gastos das empresas e não como uma agregação de valor. Agora, na nova metodologia, passam a ser computados como investimento.

O mesmo procedimento foi adotado para a atividade de exploração mineral, "visto que a pesquisa é uma geração de conhecimento que agrega valor", de acordo com a economista do IBGE.

Na construção civil, o IBGE passou a incorporar na sua métrica os ajustes salariais no setor.

"A medição da construção civil ajudou tanto que a maior revisão na série foi na indústria; a antes a gente fazia/media a construção pelos insumos da construção devido à dificuldade de medir... Agora modificamos o índice de volume e levamos em consideração os incrementos nos insumos e o valor dos salários também. A maior parte da destinação da construção é para investimento", explicou Rebeca.

A nova metodologia aumentou ainda a precisão no cálculo da energia elétrica e nos gastos com saúde.

Anteriormente, desempenho do setor térmico era computado com os parâmetros adotados para todo o setor de energia, mas com o maior uso da geração térmica no país, a mudança se tornou necessária.

"Antes a gente projetava que se a produção de energia crescia 10 por cento; o consumo intermediário também era de 10 por cento. Mas, como nesse setor você gera mais energia se precisa aumentar o consumo intermediário (mais combustível), era preciso olhar mais por dentro explicou."

Além do efeito do novo cálculo da geração térmica sobre o PIB, o IBGE incrementou na nova metodologia o cálculos dos gastos com saúde, com mais detalhes.

"Antes, as internações e procedimentos ambulatoriais eram uma rubrica única e, agora, fazemos mais detalhado. Isso também fez com que o índice fosse para cima", concluiu.

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